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Lucy joga o mesmo game há oito anos — e ainda está longe de terminar

Bloco por bloco, Lucy Simmons guia seu personagem por um vasto mundo construído com cubos. E ela não está sozinha nessa jornada: cerca de 100 milhões de pessoas jogam o mesmo game todos os meses. “Minecraft” é o jogo eletrônico mais popular de todos os tempos, e no dia 3 de abril chega aos cinemas da Alemanha o aguardado filme “Um Filme Minecraft”.

“O mais legal é que o jogo não tem um final clássico. Dá para jogar pra sempre, nunca se chega a um fim. Sempre tem algo novo para fazer e descobrir”, diz Lucy, de 16 anos, moradora de Ehingen, no sul da Alemanha. Apaixonada por games, ela tem em “Minecraft” seu título favorito. “Comecei a jogar com oito anos. Descobri o jogo pelo YouTube e fiquei super curiosa para experimentar. Foi amor à primeira vista — desde então, nunca mais parei.”

O entusiasmo de Lucy é compartilhado por milhões de jogadores ao redor do mundo. Criado pelo sueco Markus Persson em 2009, “Minecraft” foi desenvolvido em menos de uma semana e publicado em um fórum online. O sucesso foi imediato. O game se espalhou rapidamente e, com o tempo, ganhou novas funcionalidades, itens e inimigos.

Apesar das atualizações ao longo dos anos, a essência do jogo continua a mesma: os jogadores começam com um personagem próprio em um mundo imenso, composto por paisagens feitas de blocos coloridos — montanhas, florestas, vales, campos e lagos. O que fazer nesse universo cabe totalmente à imaginação de cada um.

É possível criar fazendas com diversos animais, explorar cavernas, construir fortalezas ou enfrentar inimigos perigosos, como o temido “Creeper”, um dos monstros mais conhecidos do jogo. O objetivo principal? Se divertir.

O game oferece diversos modos de jogo. O mais famoso é o modo sobrevivência, no qual é preciso garantir que o personagem sobreviva em um ambiente hostil. Isso inclui cuidar da fome, evitar armadilhas e construir abrigos seguros para se proteger de monstros durante a noite. “Minecraft” pode ser jogado tanto sozinho quanto em modo multijogador.

“Prefiro jogar sozinha, assim sou totalmente independente. Mas também é muito divertido jogar com um grupo de amigos, quando dá certo de todo mundo entrar”, conta Lucy. Ela também tem preferências bem definidas dentro do jogo: “Adoro os gatos. E minha arma preferida é a espada clássica. Com ela, a gente nunca erra. Gosto do que é testado e comprovado.”

A espera dos fãs por uma adaptação cinematográfica está prestes a acabar. Em abril, estreia nos cinemas o primeiro filme live-action inspirado em “Minecraft”. A produção promete encantar o público com uma história envolvente que mistura ação e fantasia. O enredo gira em torno de quatro personagens considerados “excluídos”: Garrett “O Lixeiro” Garrison (interpretado por Jason Momoa), Henry (Sebastian Hansen), Natalie (Emma Myers) e Dawn (Danielle Brooks). Eles são sugados por um misterioso portal e transportados para a “Overworld”, um mundo cúbico e fantástico moldado pela imaginação.

Com essa nova fase, “Minecraft” reafirma seu lugar como fenômeno cultural que ultrapassa os limites do videogame e conquista diferentes gerações. E para Lucy, a jornada dentro desse universo ainda está longe de terminar.