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Ethan Hunt retorna em grande estilo em “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma”

Às vésperas do lançamento do oitavo filme da franquia, intitulado Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte Um, previsto para estrear em 21 de maio, o canal ProSieben reapresenta nesta sexta-feira, em horário nobre, o quarto longa da série estrelada por Tom Cruise. Lançado em 2011, Missão: Impossível – Protocolo Fantasma marca um dos momentos mais eletrizantes da trajetória do agente Ethan Hunt, que chega a se disfarçar de general russo em uma de suas missões mais ousadas. O filme reduz seus personagens às suas funções básicas — agentes secretos, gênios da informática e vilões implacáveis — o que contribui positivamente para a fluidez da trama.

O antagonista da vez é o físico nuclear Kurt Hendricks, interpretado por Michael Nyqvist. Embora sua presença em cena seja limitada, isso não compromete a narrativa. O foco, afinal, não está no vilão em si, mas em como sua ameaça global será neutralizada. Com direção de Brad Bird, o longa foca no essencial: ação de tirar o fôlego, cenários exóticos, pitadas certeiras de humor e uma variedade de dispositivos tecnológicos de ponta.

O roteiro, assinado por André Nemec e Josh Appelbaum, vai além da superfície. Trata-se de uma reflexão inteligente sobre o mundo contemporâneo, permeado por jogos de poder, magnatas da mídia na Índia e traficantes de armas inescrupulosos. A ameaça representada por Hendricks é, inclusive, bastante plausível: um lunático que, agindo por conta própria, busca instaurar o terror global. Uma mistura perigosa de gênio nuclear e fanático psicótico, capaz de explodir o Kremlin e provocar uma crise diplomática entre os Estados Unidos e a Rússia.

Com isso, a força-tarefa do IMF (Força Missão Impossível) entra em modo “fantasma”, ou seja, completamente isolada. Sem suporte oficial, Ethan Hunt e sua equipe — composta pelo especialista em tecnologia Benji Dunn (Simon Pegg), a agente Jane Carter (Paula Patton) e o enigmático analista William Brandt (Jeremy Renner) — são obrigados a improvisar em operações que se desenrolam em Moscou, Dubai e Mumbai. A sequência em Dubai, em especial, é um dos destaques visuais do filme: para acessar o servidor do hotel onde pretendem capturar Hendricks, os agentes precisam escalar do lado de fora o prédio mais alto do mundo.

Apesar da narrativa seguir uma linha direta e objetiva, o longa também reserva pequenos segredos e motivações pessoais de vingança. No entanto, esses elementos não são exagerados. Brad Bird evita clichês psicológicos, teorias conspiratórias mirabolantes e conflitos pessoais excessivamente explorados. Seu objetivo é claro: entreter. E nesse ponto, Missão: Impossível – Protocolo Fantasma acerta em cheio, entregando o ritmo ideal, a dosagem certa de ação e uma direção segura que mantém o público envolvido do início ao fim.